24.11.25

EM BREVE - PRÓXIMO LANÇAMENTO - FICÇÃO HISTÓRICA - A HISTÓRIA NÃO CONTADA DE F.F.BOSWORTH

 


Fornalha em Zion: A História Não Contada de F.F. Bosworth

Existe um tipo de fé que nasce no conforto dos púlpitos , e existe outro tipo — mais raro,  — que é forjado na fornalha do sofrimento. "Fornalha em Zion" conta a história extraordinária de um homem que descobriu que, às vezes, Deus precisa quebrar completamente uma vida antes de poder usá-la plenamente.

Um Vendedor que Encontrou Algo Maior que o Lucro

Fred Bosworth não nasceu santo. Ele era um jovem ambicioso do Nebraska, com uma corneta polida e um talento natural para convencer pessoas — principalmente para vender-lhes coisas que não precisavam. Seu sonho? Palcos em Nova York, fama, fortuna, qualquer coisa que o tirasse da poeira das fazendas do Meio-Oeste americano.

Mas Deus tinha outros planos.

Esta é a história de como um vendedor de "óleo de cobra" se tornou um dos mais respeitados evangelistas de cura do século XX. 

É a história de transformações , de milagres e — talvez mais importante — de um homem que aprendeu, dolorosamente, que o verdadeiro poder não vem de estar no centro do palco, mas de construir alicerces invisíveis para Cristo brilhar.

Uma Narrativa que Respira Verdade

O que diferencia este livro de tantas biografias cristãs ? Honestidade.

Você não encontrará um herói perfeito. Encontrará um homem real: ambicioso, teimoso, que mentiu para ganhar a vida, que foi espancado quase até a morte, que viu Deus curar centenas... milhares de pessoas.

A narrativa mergulha fundo nas contradições da fé. Como você continua acreditando quando tudo parece indicar que foi abandonado?

Mais que uma Biografia: Um Testemunho de Fé

"Fornalha em Zion" não é apenas sobre Fred Bosworth. É sobre todos nós que lutamos com:

  • A tensão entre ambição e chamado 
  • A vontade soberana de Deus — Por que alguns são curados e outros não?
  • O custo do evangelho — Às vezes, servir a Cristo significa sangrar.
  • A morte do ego — A lição mais difícil: que não somos o centro da história de Deus.

Uma Escrita Honesta e Humana

Não é um livro de teologia fria ou um relato histórico acadêmico. É ficção histórica no seu melhor: pesquisada, mas com personagens que saltam das páginas.

Você sentirá o calor sufocante das tendas de avivamento. Ouvirá o som dos trens onde Fred "pegava carona" entre cidades. Testemunhará momentos marcantes. E presenciará momentos de redenção que parecem impossíveis.

Para Quem é Este Livro?

Para quem:

  • Luta com dúvidas sobre o poder da fé num mundo de hoje
  • Questiona se Deus ainda age sobrenaturalmente hoje
  • Sente-se preso entre o que é esperado de você e o que Deus está chamando você a ser
  • Já experimentou o silêncio de Deus quando mais precisava de uma resposta
  • Quer entender o movimento pentecostal além dos estereótipos

...então este livro foi escrito para você.

O Legado que Continua

Fred Bosworth morreu em 1958, mas seu livro "Cristo, o Curador" continua sendo lido em dezenas de línguas. Ele não construiu um império com seu nome. Não fundou uma denominação. Não deixou catedrais de mármore.

O que ele deixou foi mais duradouro: uma geração de pregadores que aprenderam que o verdadeiro poder vem da rendição, não do controle

Que a maior vida não é aquela lembrada por multidões, mas aquela que, em silêncio, mudou uma vida de cada vez.

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"Fornalha em Zion" não é uma leitura confortável. É um livro que questiona e confronta.

É sobre aprender que, às vezes, morrer para si mesmo é a única forma de realmente viver.

E é sobre descobrir o Deus que cura para Sua glória.


Em breve.

Prepare-se para conhecer o homem que passou por uma fornalha de fogo, de milagres, de cura, de poder sobrenatural e perdas.

23.11.25

Reformados Que Não Reformam: O Paradoxo da Igreja Sempre Reformanda


Quando os antigos reformadores criaram os slogans históricos da Reforma Protestante e desenvolveram doutrinas essenciais à igreja, eles expressavam uma preocupação genuína com a necessidade de reformas contínuas.

O lema Ecclesia Semper Reformanda Est (a igreja sempre deve ser reformada), junto com os princípios do livre exame e do sacerdócio universal de todos os crentes, representavam muito mais que frases de efeito.

Eram manifestações de um zelo profundo por liberdade interpretativa bíblica e o reconhecimento honesto de que a igreja, como instituição humana, está sujeita a falhas e necessita de reforma constante para se manter fiel aos ensinamentos originais das Sagradas Escrituras.

A Reforma Protestante, em sua essência teológica, foi um retorno à Palavra de Deus. Um movimento de volta constante à Bíblia como única referência segura e palavra final de fé e prática, o princípio do Sola Scriptura.

Os credos e confissões de fé evangélicos foram escritos exatamente para: corrigir distorções e desvios doutrinários, práticas e costumes que ferem os ensinos das Escrituras, e também como defesa da fé. A necessidade de autoexame e renovação da igreja não era opcional, era fundamental.

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18.11.25

LANÇAMENTO - FICÇÃO HISTÓRICA - UMA VIAGEM NO TEMPO DA RECIFE ANTIGA

LINK DA EDITORA




 No Brasil Império, um ex-escravizado, Agostinho José Pereira, lidera um movimento clandestino para alfabetizar negros usando a Bíblia. Visto como uma ameaça de insurreição pela Igreja e pelo Estado, ele é perseguido, preso e se torna uma lenda. No entanto, suas palavras sobre fé e liberdade acendem um avivamento espiritual que a repressão não consegue apagar, provando que o conhecimento, uma vez adquirido, é a forma poderosa de libertação.


17.11.25

O LUTERO NEGRO DE RECIFE EXISTIU OU É UMA LENDA?

 

O LUTERO NEGRO DE RECIFE EXISTIU OU É UMA LENDA?

O "Lutero Negro" surgiu como uma alcunha atribuída a Agostinho José Pereira, também conhecido como o Divino Mestre.

A origem dessa nomenclatura está ligada à passagem do naturalista inglês Charles B. Mansfield por Pernambuco em 1852. Mansfield referiu-se ao Divino Mestre como um “Lutero negro”, mesmo não sabendo seu paradeiro e tendo apenas ouvido relatos sobre sua fama e prestígio.

O nome "Lutero Negro" permanece em uso até hoje e estabeleceu uma analogia histórica curiosa. Ela compara o movimento de Agostinho – caracterizado por um cisma e uma iconoclastia radical – à ruptura radical promovida por Martinho Lutero contra a Igreja Católica Romana. Dessa forma, o apelido reconhece a dimensão histórica do movimento de Agostinho, posicionando-o na função de um reformador protestante.

Agostinho José Pereira, um negro forro e letrado, pregava nas ruas do Recife em 1846 e utilizava uma Bíblia com passagens grifadas que falavam de liberdade. Sua doutrina afirmava que sua conversão e entendimento das Escrituras vieram por revelação divina, negava o valor das imagens de santos, e contestava o fato de os católicos não cumprirem os mandamentos.

Contraponto Historiográfico

  • Os nomes “Divino Mestre,” “Lutero Negro do Brasil,” e “Agostinho José Pereira” podem ser fictícios.
  • Essa narrativa é descrita como parte de uma lenda urbana moderna ou um mito criado na internet por volta de 2015.
  • Segundo essa perspectiva, o termo "Lutero Negro" é uma metáfora moderna, sem base em fonte histórica confiável. Martinho Lutero era um reformador protestante europeu do século XVI, e a associação é considerada uma analogia simbólica, não histórica.
  • A criação desse mito é interpretada como uma forma de reparação simbólica, visando emocionar, reivindicar a identidade negra e desafiar o silêncio da historiografia oficial ao criar um herói negro que "a história esqueceu".

A alcunha "Lutero Negro" surgiu no século XIX, em 1852, a partir de Charles B. Mansfield, em referência a Agostinho José Pereira, devido à natureza reformadora e contestatória de seu movimento religioso. Contudo, há um debate contemporâneo que classifica Agostinho José Pereira e seu apelido como uma ficção histórica digital.

A relevância do nome "Lutero Negro" está, portanto, na analogia com a Reforma Protestante de Martinho Lutero, que questionou a autoridade da Igreja, assim como Agostinho José Pereira desafiou o catolicismo estatal brasileiro e a ordem escravocrata. Essa comparação é especialmente pertinente, pois Agostinho utilizou a leitura da Bíblia como ferramenta central para pregar a liberdade, um princípio de Sola Scriptura em chave libertadora, o que era visto como a "mais perigosa arma de resistência negra no século XIX".

Pai da Reforma Protestante Negra no Brasil: Ele é considerado o pai da Reforma Protestante Negra por ter liderado um movimento religioso genuinamente brasileiro, sem vínculos diretos com missionários ou grupos protestantes estrangeiros.

Se os historiadores confirmarem sua existência, este Agostinho da José Pereira será, portanto, um dos primeiros movimentos evangélicos modernos antes dos missionários congregacionais e presbiterianos no Brasil.

RANIERE MENEZES – FRASES PROTESTANTES

 


15.11.25

O que a ciência chama de caos é a liberdade criativa de Deus


O filósofo pode ser um excelente observador do teatro da glória de Deus, como diria Calvino. Ele vê a complexidade, a imprevisibilidade, a harmonia, a otimização e as assinaturas matemáticas, mas atribui-as a entidades abstratas e impessoais como "Caos", "Complexidade" ou ao próprio "Universo".

O que a ciência chama de incerteza é a nossa finitude diante de um Deus infinito e onisciente.

O que a ciência chama de caos é a liberdade criativa de Deus em Sua providência.

O que a ciência chama de complexidade emergente é a imanência e a sabedoria do governo de Deus, que opera através de causas  primárias e secundárias.

O que a ciência chama de assinaturas matemáticas é a manifestação da fidelidade, beleza e sabedoria da Trindade.

A tarefa do teólogo, e de todo cristão, é dar o nome correto a essas realidades, apontando da criação para o Criador revelado em Cristo, que é "a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois nele foram criadas todas as coisas" (Colossenses 1:15-16).

Beije a mão do Logos antes que Ele lhe condene com uma só Palavra.

Decifrando o "Eu": A Busca Grega pela Subjetividade e a Resposta que Sempre Esteve Lá

 

Decifrando o "Eu": A Busca Grega pela Subjetividade e a Resposta que Sempre Esteve Lá

Em nossa exploração sobre a Teoria do Caos, vimos como a ciência moderna está descobrindo um universo tão complexo e interconectado que desafia nossas previsões mais sofisticadas. O Dr. Paulo Teston, num podcast, iniciou essa conversa a partir de uma pergunta, uma questão que atormentava os filósofos da Grécia Antiga: o "problema da subjetividade".

Essa não é uma pergunta apenas para cientistas ou filósofos. É uma das questões mais humanas que existem: Como eu me torno quem eu sou? O que significa me conhecer? Qual é a verdadeira arte de viver?

Os gregos não tratavam essas perguntas como meros exercícios acadêmicos. Para eles, a filosofia era uma práxis — uma prática diária, uma arte de viver que moldava o caráter e a alma. Mas, por mais profunda que fosse sua busca, ela era como tatear em um quarto escuro em busca de algo que eles sentiam que deveria estar lá, sem nunca conseguir acender a luz.

Anular Deus do conhecimento humano é andar tateando a escuridão como bêbados. —Jó 12.25. Ou como cegos tateando as paredes. —Is 59.10. E Paulo diz aos gregos em Atenas, usando a mesma metáfora da escuridão, que Deus se revela aos que o procuram, e que Ele não está longe, mas imanente. —At 17.27.

Uma Sombra da Verdade

Do ponto de vista teológico, a busca grega pela identidade e pelo significado não era um erro, mas um eco distorcido de uma verdade bíblica fundamental. A razão pela qual os seres humanos anseiam por autoconhecimento e propósito é que fomos projetados para isso. O livro de Gênesis nos diz que o homem foi criado "à imagem de Deus" (Gênesis 1:27).

Essa doutrina, conhecida como Imago Dei, é a chave. Ser feito à imagem de Deus significa que recebemos, como um reflexo, atributos que pertencem originalmente a Ele: personalidade, consciência, racionalidade e a capacidade de auto-reflexão. O próprio ato de perguntar "Quem sou eu?" é uma confirmação de que não somos acidentes cósmicos ou meros agrupamentos de átomos. Somos pessoas, e nossa busca por identidade é, em sua essência, a busca de uma criatura pelo significado para o qual foi criada.

Conhecer a Si Mesmo Conhecendo a Deus

Os gregos acreditavam que o "conhecimento de si mesmo" era o auge da sabedoria. A famosa inscrição no Templo de Apolo em Delfos dizia: "Conhece-te a ti mesmo". No entanto, eles tentavam fazer isso olhando para dentro, como se o "eu" fosse uma entidade autônoma e autoexplicativa.

Aqui, a Escritura oferece uma correção. Como o teólogo João Calvino argumentou, o conhecimento de si e o conhecimento de Deus são inseparáveis. Não podemos verdadeiramente nos conhecer sem primeiro conhecer a Deus. Como posso entender o que significa ser uma criatura se não conheço o Criador? Como posso entender minhas falhas e anseios se não conheço o padrão de perfeição e santidade de Deus?

O verdadeiro conhecimento de si mesmo não começa com uma introspecção isolada, mas com a revelação de Quem nos criou. É ao olhar para Deus que finalmente entendemos nosso próprio reflexo.

A Verdadeira "Arte de Viver"

Da mesma forma, a "arte de viver" que os filósofos buscavam através de técnicas, exercícios e disciplinas rigorosas era uma tentativa de construir, com esforço humano, uma vida virtuosa e com propósito. Eles buscavam a sabedoria para a vida. Que em parte é válido.

A resposta bíblica, no entanto, não é uma técnica a ser dominada, mas uma Pessoa a ser seguida, uma Revelação da Verdade. A verdadeira "arte de viver" não é um sistema autônomo de ética, mas uma vida de obediência e comunhão com Jesus Cristo, o Logos Eterno. Ele não apenas nos ensina o caminho; Ele é o Caminho (João 14:6). Viver bem não é o resultado de nossa própria força e sabedoria, mas o fruto de uma vida entregue e transformada por Ele.

Da Incerteza à Certeza

Assim como a aparente aleatoriedade do universo, que discutimos anteriormente, encontra sua ordem na soberania de Deus, a busca humana pela identidade encontra sua resposta Nele. O "problema da subjetividade" não é um quebra-cabeça para ser resolvido em um vácuo.

Os gregos estavam fazendo as perguntas certas. E fizeram as perguntas certas por causa da Imagem de Deus em sua natureza, mesmo caída.  Eles sentiram o eco da sua própria natureza. Mas a resposta para a pergunta "Como me torno quem eu sou?" não está em uma fórmula filosófica ou em uma técnica de autodisciplina.

A resposta é encontrada ao reconhecer Quem nos fez e para Quem fomos feitos. A busca por si mesmo, em última análise, termina não quando olhamos mais fundo para dentro, mas quando olhamos para cima, para o Criador que nos definiu desde o princípio.

A Busca Humana como um "Eco Distorcido"

A ideia de que a busca filosófica por significado é um "eco distorcido" da verdade sobre Deus é o cerne do argumento de Paulo em Romanos 1.

·         Passagem Chave: Romanos 1:19-21, 25

"Pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. [...] Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém."

·         Justificativa: Paulo argumenta que todos os seres humanos têm um conhecimento inato e inescapável de Deus, revelado na própria criação (a "verdade" que ecoa). No entanto, em sua rebelião/queda, a humanidade suprime essa verdade. A busca filosófica grega é uma manifestação sofisticada desse processo: é uma busca genuína por verdade, beleza e sentido (o "eco"), mas é "distorcida" porque se recusa a dar o crédito ao Criador, buscando as respostas na criatura, na razão humana ou em princípios impessoais. Eles se tornaram "fúteis em seus pensamentos".

A Capacidade de Auto-reflexão (Imagem de Deus)

Embora Gênesis seja o texto fundamental para a doutrina da Imagem de Deus (Imago Dei), Romanos lida extensivamente com as consequências dessa doutrina: a queda e a restauração dessa imagem.

·         Passagens Chave: Romanos 5:12 e Romanos 8:29

"Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um só homem [Adão], e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram." (5:12)

"Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." (8:29)

·         Justificativa: Romanos 5:12 explica a Queda da humanidade. A imagem de Deus em nós foi corrompida pelo pecado de Adão. Isso explica por que o "problema da subjetividade" é um "problema": nossa identidade e capacidade de auto-reflexão estão quebradas e alienadas de seu propósito original. Romanos 8:29 revela o objetivo final da salvação: não apenas o perdão, mas a restauração completa dessa imagem, conformando-nos à imagem perfeita de Cristo. Isso mostra que a questão da identidade ("quem eu sou") está no centro do plano de Deus.

3. O Conhecimento de Si Através do Conhecimento de Deus

A afirmação de Calvino de que não podemos nos conhecer sem conhecer a Deus é um princípio que Paulo estabelece de forma clara, especialmente ao falar sobre a função da Lei.

·         Passagens Chave: Romanos 3:20 e Romanos 7:7

"Portanto, ninguém será declarado justo diante dele pela prática da lei; pois por meio da lei vem o pleno conhecimento do pecado." (3:20)

"Que diremos então? A lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da lei. Pois, na verdade, eu não saberia o que é cobiça, se a lei não dissesse: 'Não cobiçarás'." (7:7)

·         Justificativa: Paulo argumenta que a introspecção sozinha é insuficiente para o autoconhecimento. Sem um padrão externo e divino (a Lei de Deus), não temos como medir nosso verdadeiro estado. Achamos que estamos bem, mas a Lei funciona como um espelho que revela nossa verdadeira condição: pecadores necessitados de graça. Portanto, o verdadeiro "conhecimento de si" — o conhecimento de nossa dependência, falibilidade e necessidade de redenção — só é possível quando nos confrontamos com o conhecimento de Deus e Seus padrões santos.

A Verdadeira "Arte de Viver" como Submissão a Cristo (A MENTE RENOVADA)

Depois de estabelecer a doutrina da justificação pela fé, Paulo dedica a segunda metade de Romanos à práxis cristã, a verdadeira "arte de viver".

·         Passagem Chave: Romanos 12:1-2

"Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

·         Justificativa: Esta passagem é a resposta direta à busca filosófica. A "arte de viver" não é uma técnica para aperfeiçoar o "eu", mas um ato de rendição total ("sacrifício vivo"). Não é sobre se conformar a uma filosofia (o "padrão deste mundo"), mas sobre ser transformado por um poder externo a nós ("renovação da mente"), que é obra do Espírito Santo. O objetivo da vida não é a auto-realização autônoma, mas a descoberta e a vivência da "vontade de Deus". Este novo modo de vida só é possível através da obra redentora de Cristo, que é o fundamento para as "misericórdias de Deus" mencionadas no início do versículo.

RANIERE MENEZES

 

O Caos “Organizado”: O que a Ciência da Complexidade nos Revela sobre Deus?

O Caos “Organizado”: O que a Ciência da Complexidade nos Revela sobre Deus?

Muitas vezes, parece que a ciência e a fé estão em caminhos opostos.

Termos como "Teoria do Caos", "incerteza" e "aleatoriedade" podem soar como se o universo fosse um grande acidente, sem nenhum plano ou propósito.

Recentemente, em uma discussão de podcast, o Dr. Paulo Teston, um pesquisador de sistemas complexos, explorou como a ciência moderna está limitada em sua capacidade de prever o mundo.

Mas e se olharmos para essas mesmas ideias através de uma lente diferente? E se a imprevisibilidade e a complexidade, em vez de afastarem a ideia de um Criador, na verdade nos mostrassem de forma mais profunda como Ele governa o mundo?

Vamos explorar como os conceitos da ciência da complexidade podem, surpreendentemente, fortalecer nossa compreensão de um universo governado por Deus.

O Todo é Mais do que a Soma das Partes

A ciência tradicional funciona com base em uma ideia chamada reducionismo. Pense em um relógio: para entender como ele funciona, você o desmonta, estuda cada engrenagem e mola, e depois monta tudo de novo. O reducionismo raciocina que, ao entender as partes, entendemos o todo.

No entanto, como o Dr. Teston aponta, isso não funciona para sistemas mais complicados, como o corpo humano, uma sociedade ou o clima. Você pode estudar cada célula de um corpo, mas isso não explica completamente a consciência ou a vida. Por quê? Porque em sistemas complexos, as partes interagem entre si de maneiras imprevisíveis, criando algo novo. Porém, mesmo nesta limitação epistêmica, a tese: "O todo é maior que a soma das partes", ainda é válida como ferramenta de observação.

Do ponto de vista teológico, esse "algo a mais" não é mágico. É a presença contínua de Deus, que não apenas criou as "partes" do universo, mas as sustenta e as conecta a cada momento (Hebreus 1:3). A razão pela qual a soma das partes não explica tudo é que falta a variável mais importante na equação: o próprio Deus, que harmoniza e dá propósito a todas essas interações. Não existindo, para Deus, imprevisibilidade, incertezas, variáveis não alcançadas.

Caos: Uma Ordem que Não Podemos Prever

Quando ouvimos "Teoria do Caos", imaginamos desordem e bagunça. Mas, cientificamente, não é bem assim. Um sistema caótico não é um sistema sem regras; pelo contrário, ele é determinístico, o que significa que segue leis e equações precisas.

O problema é que esses sistemas têm uma "extrema sensibilidade às condições iniciais", conhecida como Efeito Borboleta. A ideia é que o bater de asas de uma borboleta no Brasil pode, teoricamente, desencadear uma série de eventos que resulta em um tornado no Texas semanas depois. Uma mudança minúscula e imperceptível no começo leva a um resultado gigantesco e completamente diferente no final. É por isso que, mesmo com os supercomputadores mais potentes, a previsão do tempo só é confiável para alguns dias.

Essa dupla natureza do caos — ser regido por leis, mas ser imprevisível para nós — é uma bela ilustração de dois aspectos do caráter de Deus:

  1. Sua Fidelidade: O fato de existirem regras, leis e equações (o determinismo) mostra que Deus é um Deus de ordem. Ele criou e sustenta um universo consistente e fiel. As leis da física são um reflexo da constância de Sua palavra.
  2. Sua Criatividade e Liberdade: A nossa incapacidade de prever o resultado final (a imprevisibilidade) mostra que Deus está no controle dos mínimos detalhes (as "condições iniciais") e que Seus caminhos são maiores e mais complexos do que os nossos. O que para nós parece "caos" é, para Ele, uma tapeçaria perfeitamente tecida.

As Assinaturas de Deus na Criação

A ciência da complexidade revela padrões e "assinaturas" fascinantes que aparecem em todo o universo, em diferentes escalas.

  • Fractais: São padrões geométricos que se repetem infinitamente. Não importa o quanto você aumente o zoom, a forma básica continua lá. Vemos isso na natureza em todos os lugares: nos galhos de uma árvore, nos brônquios de nossos pulmões, nos flocos de neve e até na forma como os rios deságuam no mar.
  • Inteligência de Enxame (Swarm Intelligence): É a sabedoria que emerge da interação de muitos indivíduos simples. Uma única formiga não é muito inteligente, mas uma colônia de formigas pode encontrar o caminho mais curto para a comida com uma eficiência matemática impressionante. A Wikipédia, construída por milhões de contribuições individuais, provou ser mais precisa do que enciclopédias escritas por um pequeno grupo de especialistas.
  • Leis de Potência: São proporções matemáticas constantes que regem fenômenos aparentemente não relacionados. Por exemplo, a Lei de Kleiber mostra que a taxa metabólica de todos os mamíferos, do menor ser à baleia azul, aumenta em uma proporção constante (cerca de ¾) à medida que sua massa dobra.

Um cientista pode perguntar: "Por que esses padrões existem?". Do ponto de vista da fé, a resposta é clara: são assinaturas do Criador. A beleza dos fractais, a sabedoria dos enxames e a ordem matemática das leis de potência são testemunhos da inteligência, da criatividade e da eficiência de Deus, embutidas na própria estrutura da realidade. A inteligência do Criador na natureza.

Encontrando Certeza na Incerteza

A ciência da complexidade nos ensina que o universo é muito mais misterioso e interconectado do que imaginávamos. Para alguns, a "incerteza" pode ser assustadora, sugerindo um universo sem rumo. Mas, essa incerteza deve ser apenas um reflexo da nossa própria limitação.

O que a ciência chama de "imprevisibilidade" é, na verdade, um convite à humildade e à confiança. A Teoria do Caos não destrona Deus; ela apenas nos mostra que Seus métodos são infinitamente mais complexos e sábios do que os nossos. A existência de regras profundas em meio à aparente desordem não aponta para um acaso cego, mas para uma Mente Soberana que orquestra cada detalhe.

Assim, da próxima vez que você olhar para a complexidade de uma folha de samambaia, para o movimento imprevisível das nuvens ou para a sabedoria de um formigueiro, lembre-se: você não está vendo um acidente, obra do acaso. Você está testemunhando a assinatura de um Artista, o caos organizado e a providência contínua do Deus que governa todas as coisas.

O que a ciência descreve como um "abismo infinito" de incerteza é, na verdade, a profundidade insondável da sabedoria e do governo de Deus.

Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?  — Romanos 11:33,34

RANIERE MENEZES - TEORIA DO CAOS

 

5.11.25

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TEMA CENTRAL: COMBATER A HERESIA DO CESSACIONISMO


 

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5 FRASES DAS LIÇÕES:

1.  "O cessacionismo é uma heresia sistemática que alimenta a incredulidade institucionalizada e conduz a igreja à fraqueza, impotência e apostasia."

2.  "O verdadeiro problema da igreja não é a indisponibilidade do poder de Deus, mas sim a nossa incredulidade e a nossa desobediência aos seus mandamentos."

3.  "Você não pode dizer que crê na Bíblia e, ao mesmo tempo, negar as promessas de poder que ela explicitamente ordena que busquemos."

4.  "Chamar incredulidade de cristianismo é um erro teológico fatal; a suficiência da Escritura não elimina o poder do Espírito, ela o instrui."

5.  "Restaura-nos ao evangelho apostólico de poder, sinais e maravilhas. Que não sejamos envergonhados por nossa falta de fé."



3.11.25

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Sumário